segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Era Somente Tudo, O Único Aforismo! Que Unidade Indelével! 

Então nos acertamos assim:
Esqueço toda essa estória de amor,
Esquece tudo que te disse a respeito,
Escreva um novo começo sem breve fim,
E senta aqui comigo, para que juntos possamos lê-lo.

Só não esqueça de apontar,
Seus medos, dúvidas e necessidades,
Seria pedir demais se além disso tudo
Solicitasse deixar de fora a amizade? 

Tudo bem, lá vem você com a ladainha, 
Tentando me convencer que só ela há em nosso caminho!
Triste fim teremos se persistir nessa idéia que 
Teus olhos brilhando, indicam-me nunca estar sozinho.

Olha, cuida para que essa oportunidade não se esvaia,
Ou pode ser que amanhã me canse de teus joguinhos!
Onde encontrava-se meu pensamento, a pouco não escapara-te,
Ondulava-se pelo horizonte, ao sabor dos ventos mais sublimes! 

Uma coisa é certa, digo-te sem censurar-me,
Unica promessa tenho condição de lhe fazer!
Usarei todas minhas rimas para mostrar-te,
Uma só coisa que há tanto tempo tento esconder!

Ai, quem me dera calhasse e visse,
Agora, como anda meu pensamento!
Acho que encontraria por fim o que procuras e não sabes,  
Ainda que assim precisasse despojar-se de algumas camadas do que considera absoluta
                                                                                                            [verdade!

Queria acreditar que não exista um motivo maior,
Quando a vejo, porém... Ah! Tudo vai ao solo!
Queria que lesse esse poema e parasse um pouco pra pensar,
Quem sabe, ponderar a possibilidade de fazer de meus carinhos ao menos... Abrigo...

Uso os meus versos sim, para expressar o que transborda,
Uma vez que não há escoamento para certos fenômenos internos!
Usualmente os reprimo durante boa parte dos dias,
Utilizando-me da noite, para aliviar-me tal qual morte, nas linhas de tão diversos cadernos!

'Isso não se espalha', diz a voz que vem de dentro!
Invariavelmente a escuto e escondo, dando mais vazão ao que urge... Mas...
Idas e vindas mostraram-me que posso sim, ao contrário do que disse no real início                                                                                                                         [disso tudo...
Indo à raiz da angústia, o que fica é um certo alívio... E a certeza de ter deixado um bom                                                                                                           [recado.

domingo, 16 de janeiro de 2011

A confusão da Poesia.

Dizem que poesia é retrato de amor fragmentado,
A meu ver, nem só daquele a danada vive,
Esgueirando-me por entre o mundo diversas vezes me fiz amado,
Porém, podes perceber por estas letras, são todas tristes.

Amor por amor encontra-se fácil,
Difícil é encontrar aquele que altere todo o sentido,
Algum que traga suavidade ainda que esteja do objeto distante,
Pondo no peito dor tão triste, que o faz bonito.

Há tempos possuo um destes junto a mim,
Coisa que ainda não sei se me maltrata ou traz júbilo,
Tudo que sei é que se a realidade fosse outra,
Talvez o contentamento seria à mim menos atrativo.

Assumo-me como ser melancólico que sei que sou,
Carrego o fardo dos que não sentem pela metade,
Inundo o peito com montoeira de sentimentos esparsos
Que acabam por vazar e escorrer nestas linhas mal escritas.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Sob o céu do sul e a cortina de luz.

O poema não tem que ser longo
O autor não tem que ser poeta,
De poesia este mundo anda farto 
São os gostadores que na verdade rarearam!

Sob este céu noite-claro divago a respeito da vida
Quero conhecer ao mundo, colecionar lembranças
Sabe lá o que aguardava o homem que em vida a canto nenhum fora
Vou ver o que aguarda a mim, criar o legado de minhas andanças!