Os passos de quem me encobre a luz,
Escurecem as palavras reluzentes de certo autor,
Cansam ainda mais meus olhos já fatigados.
Oxalá pudessem ser passos menos pesados,
E que eu pudesse dispor de uma luz mais autônoma.
Uma folha pousa inerte sobre uma pedra,
Sem saber ao certo a quem pertence,
Soa a mim como uma metáfora esclarecedora.
Com o perdão de todo o paradoxo que tal verso carregou.
Pois a folha, embora jaza no meio do caminho em que tantas pessoas passam,
Até agora, por nenhum daqueles passos fora pisada.
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