Por que escrever?
Em um clarão que surge nas trevas de meia existência vã
A luz apresenta-me a realidade,
Durante um segundo contemplo-a de forma descrente,
Para novamente ver-me cego frente sua brutalidade.
Espero ansioso por tal luz novamente,
Mantenho-me em ócio, impedindo assim que não passe desapercebida,
Sento, escrevo, releio, apago,
Chateia-me pensar que talvez pra sempre esteja perdida.
Surge então um lampejinho... Carente de algo que o atice,
Experimento um estado ora concentrado, ora relaxado,
Com isso, sei que no final o lampejinho se inflama,
Mantenho-me atento, para que por ele não acabe queimado.
Mantenho-me atento, para que por ele não acabe queimado.
Face à luz, faz-se a luz... À luz, os sentimentos de verdade,
Trazem consigo revelações que foram esquecidas com o tempo...
Trazem consigo revelações que foram esquecidas com o tempo...
Já não identifico no que surge as coisas que sei,
Mas vejo muito claramente, ali, um pouco do que sinto.
Lanço à luz, a mim mesmo...
Apresento-me à realidade.
Assim ajo, não por vaidade, saudosismo ou outra besteira qualquer,
Assim ajo, pois apenas dessa forma, poderei conhecer-me de verdade.
Assim ajo, pois apenas dessa forma, poderei conhecer-me de verdade.
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