terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Uma noite, duas realidades.

Caiu na esquina a última lembrança amarga
Que deixou em meu peito no momento em que partiu,
Agora posso, mais leve alegrar-me,
Sem o peso do desgosto, que teu cítrico perfume deixou!

Vivo a noite, sambo e bebo a todas outras moças,
Esquecido, de que há alguns dias, dança não existiria sem você a meu lado,
Já não tenho, junto ao meu o teu corpo infiel, meio tonto, digo que isso já não se trata de um mal.
A essa hora, já sem nenhum tipo de desgosto, juro preterir o cítrico frente ao âmbar. 

Apontam-me o caminho, antes fosse via sacra,
Passando pela esquina, novamente recolho você,
Fulgurosa, pousa em meus braços, me cura e ofusca,
E juro, nunca mais te esquecer!

Um comentário:

  1. Gostei desse texto, a palavra âmbar é tão bela e constrói um outro patamar a partir do momento em que é encaixada como poesia. Um bom texto profundo e sincero.

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