domingo, 5 de dezembro de 2010


Onirismo tipo II. 

Dos caminhos que por ventura possam me levar a um lugar-feliz,
O teu louco és o que mais me encoraja.
Tentando trilhar as curvas de teu desfiladeiro sem fim,
Sempre findo preso nas armadilhas que preparas.

Se me tentas, por que foges?
Com a destreza de quem conhece bem o caminho,
Somes rápido, antes mesmo que minhas vistas, cansadas e turvas,
Denotem que esconde-se onde o sol escolhera para teu berço.

Não poderia deitar-te em lugar melhor,
Assim como eu, não pudera errar mais na escolha da musa,
Sobes cantando... Provocando minha carne já trêmula,
Não pelo ardor de teu toque, que há muito já esqueci,
Mas pelo ódio que me consome, quando me olhando de cima, percebo teus lábios a sorrir.

Empulera-te em teu paraíso!
Some, cuida para que não precise voltar,
Pois se por acaso algum dia acontecer de sentir saudades,
Juro-te com toda a falsidade de que disponho,
Que ainda se estiveres morta, jamais hei de te perdoar!
     

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